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O que farias apesar do medo? 10 questões que te vão ajudar a avançar!

Todos temos medo. Faz parte do nosso portfólio de emoções. Muitas das pessoas que têm chegado até mim vêm cheias de medo: medo de não se sentirem capazes, de não se sentirem suficientemente boas, de não se sentirem amadas, aceites, de serem ridicularizadas… medo de aceitarem a sua vulnerabilidade. Este medo impede-nos muitas vezes de sermos quem somos, tal é a necessidade de corresponder às expectativas depositadas em nós. O trabalho que fazemos em conjunto é observar e desconstruir esse medo. Muitos deles vem da nossa própria infância e por não terem sido reconhecidos ou permitidos permanecem em nós e temos dificuldade em lidar com eles.

Nestes últimos tempos tenho lidado bastante com o medo, pelo meu próprio processo de mudança e toda a incerteza que isso gera. E admito: sinto medo, e está tudo bem! Ele não me impede de avançar, reconhecendo-o compreendendo-o e enfrentando-o ele vai perdendo a força e dando lugar a uma enorme sensação de liberdade, de alegria, de autenticidade e alinhamento comigo própria.

O medo existe para nos proteger de situações de perigo e zelar pela nossa segurança e sobrevivência. O medo faz-nos querer fugir, lutar ou congelar. O medo não é apenas aquele que nos coloca a tremer mas aquele que nos pode tornar passivos ou manipuladores quando procuramos a aprovação de alguém, agressivos por termos medo que invadam o nosso espaço, ou competitivos e invejosos porque temos medo de ser menos do que outra pessoa.

Atrevo-me a dizer que o medo está na origem de muitos dos problemas da nossa sociedade. Porque nos separa uns dos outros, porque sentimos que temos de nos proteger e de nos defender. O oposto do medo não é não ter medo: é o amor, a coragem, a confiança de avançar apesar do medo. É focar na abundância, no quão único cada um de nós é e no potencial ilimitado que tem. Fingir ser corajosos quando estamos cheios de medo não nos ajuda a lidar com ele, é preciso enfrentá-lo! Trabalhar o autoconhecimento e a autoestima é essencial neste processo para separar quem somos dos resultados que obtemos. Assim torna-se mais fácil lidar com qualquer situação que se apresente.

A verdade é que esta emoção aparece em muitas situações que não constituem verdadeiro perigo. Situações em que estamos fora da nossa zona de conforto em que lidamos com o desconhecido. Quando fazemos algo pela primeira vez, quando algo inesperado acontece na nossa vida ou quando decidimos nós próprios mudar, o medo surge e gera dúvida, ansiedade e faz-nos muitas vezes esconder por acharmos que estamos sozinhos. Não estamos e não temos de nos sentir mal por sentir medo.

Como podemos então lidar com as situações em que sentimos medo e viver livres da ansiedade que o detém?

  1. Reconhecer e aceitar que temos medo. Do que tenho medo?
  2. Compreender o que é o medo. Porque tenho medo?
  3. Qual é a pior coisa que pode acontecer?
  4. Se esse cenário acontecer como posso lidar com ele?
  5. Qual é a probabilidade de acontecer?
  6. Há alguma coisa que eu consiga fazer agora para evitar este cenário?
  7. Consigo recuperar?
  8. O que acontecerá se eu não fizer nada?
  9. Qual o melhor cenário que pode acontecer?
  10. Como me vou sentir quando este cenário se realizar?

 

Observar e questionar o medo permite-nos decidir com mais consciência e libertar-nos dos limites que o medo nos coloca, expandido assim a nossa zona de conforto. Agir apesar do medo é uma sensação mesmo libertadora, leva-nos a ultrapassar limites que a nossa mente (controladora por natureza) nos coloca, a seguir o coração e expandirmos e evoluirmos enquanto seres humanos.

Quando tentamos fugir dos nossos medos, eles surgem para nos enfrentar, para nos testar, para que possamos perceber se estamos prontos para a lição seguinte. Se não enfrentarmos os nossos medos eles vão continuar a aparecer no nosso caminho, impedindo-nos de viver uma vida mais plena e feliz.

Eu tinha e tenho um enorme medo de falhar, de errar, daquilo que possam pensar de mim. A verdade é que a pouco e pouco, à medida que vou enfrentando e questionando esse medo ele perde a força. Percebo que eu não sou os resultados que obtenho, que os resultados menos bons me permitem aprender e melhorar e que não é o medo de falhar que me vai impedir de avançar com aquilo que sinto que é a minha verdade e o meu caminho. Que todo o feedback serve para evoluir e o meu valor é independente dele. A intenção e o propósito são o guia e o combustível que fornece a energia para lidar com o medo quando ele surge.

Que coisas deixas de fazer por medo (da opinião dos outros, de falhar, de não ser amado/ aceite…) E o que farias de diferente se não tivesses medo? O que faria o amor?

Deixo-te com estas reflexões e adorava que partilhasses comigo os insights que tiveste!

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